Cozinha do Mar - Receitas de Coquille Saint Jacques

Olá pessoal estamos inaugurando a série Cozinha do Mar, com a chef Lê Carpê, da empresa Congelados da Sonia, e a Dra Regina Novaes, que irá propor harmonizações com ótimo custo-benefício. E o episódio de abertura será sobre o Coquille Saint Jacques ou vieiras.

1ª RECEITA – Vieiras grelhadas, servidas com molho. Cobertura de alho, pistache torrados e pipoquinha de arroz selvagem.

HARMONIZAÇÃO: Sauvignon Blanc – Alamos 2015
RENDIMENTO: 04 Pessoas

INGREDIENTES
12 Vieiras

Para o Molho Oriental:
1 Limão – Sumo coado
1 Colher de sopa de molho shoyo
¼ Cebola picada em cubos (+/- 1 colher de sopa de cebola)
1 Colher de sopa de açúcar
2 Colheres de sopa de manteiga

Para as coberturas:
3 Pistaches torrado picado
Alho torrado em lâminas
2 Colheres de sopa de arroz selvagem

MOLHO
Levar a panela ao fogo o molho shoyo, sumo de limão, cebola e açúcar. Em fogo baixo deixar reduzir por aproximadamente 5 minutos. Depois adicionar aos poucos a manteiga sempre mexendo.

PIPOCA DE ARROZ SELVAGEM
Colocar na frigideira um pouquinho de azeite. Deixar no fogo até o azeite ficar bem quente. Colocar o arroz e manter no fogo até estourar como uma pipoca (é bem rápido). Colocar para escorrer no papel toalha e salpicar um pouco de sal.

VIEIRAS
Na frigideira corar as vieras no azeite por aproximadamente 2 minutos, tomando cuidado para não cozer demais, pois endurece.

COMO SERVIR
Colocar um pouco do molho na travessa. Colocar três vieras sobre o molho e rega-las com um pouco mais do molho. Salpicar uma com a pipoca de arroz, outra com o pistache e a terceira com as lâminas de alho.

2ª RECEITA – Vieiras marinadas servidas em uma cama de purê de mandioquinha.

HARMONIZAÇÃO: Sauvignon Blanc – Alamos 2015
RENDIMENTO: 04 Pessoas

INGREDIENTES
12 Vieiras

Para o Azeite Aromatizado:
50g Azeite
1 Dente de alho (bem picadinho)
1 Folha de Louro
1 Ramo de Tomilho
1 Ramo, pequeno, de Alecrim
2 a 4 Folhas de Sálvia
Pimenta (Usei uma que tinha no meu “acervo” de temperos: da Tasmânia – 3 unidades, mas fica genial também com 1 Dedo-de-moca)

Para o Creme de Mandioquinha:
250g Mandioquinha (batata baroa)
Sal a gosto
100g de Creme de Leite
20g Manteiga (ou o azeite aromatizado)

AZEITE AROMATIZADO
Aquecer bem o Azeite, acrescentar as ervas e pimenta. Dar uma “leve” fritada e desligar o fogo. Quando o azeite estiver morno, colocar as vieiras e ir marinando enquanto prepara o creme de mandioquinha. Vire, regue, vire, regue…. 😉

CREME DE MANDIOQUINHA
Descascar e cortar a mandioquinha. Cozinhar na agua com sal. Quando estiverem bem macias, coar. Bater com no processador ou liquidificador com o creme de leite e manteiga (ou azeite aromatizado). Provar o sal.

VIEIRAS
Quando o creme de mandioquinha estiver pronto doure as vieiras. Com a frigideira bem quente no fio do azeite aromatizado, colocar as vieiras e dourar por aproximadamente 1 minuto de cada lado. Cuidado para não cozer demais pois elas ficam duras se passar do “ponto”.

COMO SERVIR
Em uma caçarola ou usando a própria concha, dispor uma colherada do creme de mandioquinha e assentar a Vieira dourada. Salpicar com queijo Parmesão ou Grana Padano e um pedacinho de erva do “azeite aromatizado”.

Dica
Tem que estar tudo bem quentinho pra servir. Então se você preferir leve ao forno pré-aquecido (bem quente) por alguns poucos minutos.

3ª RECEITA – Vieiras gratinadas ao creme de queijos.

HARMONIZAÇÃO: Chardonnay – Viu Manet 201
RENDIMENTO: 04 Pessoas

INGREDIENTES
12 Vieiras
Sal
Pimenta do Reino (branca e moída na hora, de preferencia)
Azeite

Para o Creme de Queijos:
60g Requeijão
60g Creme de Leite
20g Parmesão
20g Ementhal ou Gruyere
10g Gorgonzola

CREME DE QUEIJOS
Em uma panela misturar todos os ingredientes até formar um creme homogêneo.

VIEIRAS
Marinar as vieras com uma pitada de sal, pimenta do reino e fio de azeite. Acomodar 1 vieira em cada concha e com uma colher colocar o creme sobre cada uma. Assar em forno médio por 15 a 20 min aprox. Ou ate ficarem coradas. Caso tenha Grill no seu forno, asse por 10 minutos e gratine até ficarem douradas.

COMO SERVIR
Sirva em seguida bem quentes. Decore com um pequeno ramo de tomilho ou uma folha de sálvia.


Nadadeiras para Mergulho Autonomo

Olá pessoal, meu nome é Paulo Boneschi, e neste vídeo eu vou falar sobre as nadadeiras para mergulho autônomo.

A primeira coisa que você precisa levar em conta é que para cada modalidade de mergulho existe um tipo de nadadeira mais adequado. Então evite utilizar nadadeiras projetadas para mergulho livre ou snorkeling nos seus mergulhos com cilindro.

Para a prática do mergulho autônomo recreativo, utilizamos nadadeiras com aproximadamente metade do comprimento de uma nadadeira para mergulho livre e com palas mais largas e rígidas do que as utilizadas para snorkeling.

Podemos então optar por dois tipos básicos: as nadadeiras abertas ou as nadadeiras fechadas. Particularmente prefiro as nadadeiras abertas porque elas ficam mais firmes nos pés, são mais fáceis de colocar e remover, são ajustáveis ao tamanho do seu pé e são mais confortáveis. Para usa-las você deverá ter uma bota de neoprene para proteger a parte exposta do pé. Isto na verdade é outra grande vantagem. Os pés ficam mais protegidos tanto no que diz respeito a possíveis arranhões ou cortes quanto a perda de calor para a água. Além disso, ao terminar o mergulho você estará calçado e poderá andar sem problemas pela areia, pedras, superfícies mais escorregadias, etc.

Ao escolher a nadadeira você deverá levar em conta dois fatores importantes: a sua potência muscular e o ambiente onde será praticado o mergulho. Nadadeiras com pala mais flexível exigem menos esforço, mas também convertem menos da potência muscular em deslocamento, já que elas se deformam mais ao encontrar a resistência da água. Por outro lado nadadeiras de pala dura exigem mais do mergulhador, porém entregam maior capacidade de deslocamento. Locais com mais corrente exigiram mais propulsão e consequentemente mais esforço físico. O ideal seria experimentar antes de comprar, mas isso nem sempre é possível….

A Aqua Lung lançou a alguns anos uma nadadeira com um sistema de elásticos capaz de alterar o comportamento da pala durante a natação, simulando 03 diferentes níveis de rigidez.

Para que você possa entender melhor algumas variações de design, vamos ver como funcionam as nadadeiras.

A pala da nadadeira é formada por longarinas e um corpo flexível. As longarinas que visam estrutura-la e estabiliza-la contra vibrações durante a natação, e o corpo flexível forma canais por onde a água é direcionada para otimizar o desempenho. Na pernada de propulsão, ou seja, quando levamos o pé para baixo, a nadadeira se deforma para cima formando o canal na parte inferior da pala. Já na pernada de repouso o processo se inverte.

Existem nadadeiras que contam com dutos que servem para permitir a passagem da água, reduzindo a resistência ao movimento. Na maioria dos casos estes dutos são projetados para reduzir a resistência no ciclo da pernada de repouso.
Outro design interessante é o que encontramos nas nadadeiras bipartidas, que segundo os projetistas, são capazes de aumentar a eficiência da natação sem gerar desgaste físico excessivo.

No mergulho técnico, onde são utilizadas formas diferenciadas de natação, o ambiente pode impor restrições de espaço, a presença de partículas em suspensão podem significar problemas e o uso de uma roupa seca é quase uma regra, as nadadeiras mais indicadas são as fabricadas em borracha. Elas possuem a pala ligeiramente mais curta e larga do que as nadadeiras convencionais, dutos e um maior espaço na calçadeira para acomodar botas especiais. Vale ressaltar que este tipo de nadadeira não é indicado para mergulhos recreativos.

Bom, espero que este vídeo tenha sido útil para você. Não deixe de compartilhar os nossos conteúdos com os seus amigos.

Te vejo no nosso próximo vídeo.


Como arrumar a sua mala de mergulho

Olá pessoal, neste vídeo eu vou dar algumas dicas sobre a arrumação da sua mala de mergulho para viagens.

Minha primeira dica que pode causar alguma estranheza é quanto ao tipo de mala a ser usada para transporte do equipamento.

Depois de muitas experiências desagradáveis em aeroportos de vários Países, cheguei a conclusão que o melhor tipo de mala para transportar o equipamento é a convencional fabricada em ABS e não as malas ou bolsas para mergulho.
Eu explico: As malas para mergulho são na maioria das vezes pesadas e chamam muito a atenção.

Por outro lado uma mala convencional fabricada em ABS é leve e se mistura com as demais bagagens sem sinalizar que ali está guardado um equipamento caro. Além disso, devido a rigidez do corpo em ABS, ela protegerá o equipamento mais do que algumas malas ou bolsas de mergulho.

Outra dica é que você deverá levar o estritamente necessário para a viagem. Assim você conseguirá reduzir ao mínimo o risco de pagar excesso de bagagem. Se no destino existirem lojas de mergulho, tanto melhor. Assim você não precisa se preocupar em levar peças sobressalentes, como uma tira de máscara por exemplo.

No meu caso, como acabo tendo que viajar com frequência para acompanhar grupos, optei por ter um conjunto de equipamentos mais apropriado para isso, tanto no peso quanto no tamanho.

Existem vários fabricantes que oferecem conjuntos de equipamentos apropriados para viagem. Então vamos as dicas sobre a arrumação:

No fundo da mala costumo colocar a roupa de neoprene dobrada. Nas laterais coloco as nadadeiras e as botas criando assim uma proteção contra impactos. Acima da roupa coloco a válvula reguladora e a caixa da máscara. Para finalizar ponho o colete equilibrador por cima de tudo com a traqueia virada para baixo. Alguns acessórios como carretilhas, sinalizador de superfície e lanternas podem ser acomodados dentro das botas ou mesmo das nadadeiras. Pronto: tudo arrumado para a viagem.

Se não for uma viagem em liveaboard levo dentro da mala uma bolsa autodrenante, que é muito leve, ocupa pouco espaço e seca rápido. Ela será utilizada para transportar o equipamento entre o hotel e o barco.
Sobre as caixas de mergulho, minha sugestão é que sejam utilizadas apenas em viagens rodoviárias, já que ocupam muito espaço e pesam bastante.

Sua vantagem está em represar a água do equipamento, não deixando o seu carro com cheiro de cachorro molhado. Outra boa opção para este fim é o uso de uma bolsa estanque.

Obviamente que em viagens para mergulhos técnicos ou em cavernas, a quantidade de equipamentos e acessórios aumenta muito e o mergulhador poderá optar por outras

Te vejo no nosso próximo vídeo.


Fonte Alternativa de Ar Integrada

Olá pessoal, neste vídeo eu vou falar sobre as fontes alternativas de ar, ou octopus, integradas à traqueia do colete equilibrador.

Quem me sugeriu este assunto como pauta foi o Leandro Martins, que mandou a seguinte mensagem:

Oi Paulo, parabéns pela iniciativa. Bom, uma sugestão de conteúdo seria uma breve análise sobre os prós e contras daqueles octopus integrados à mangueira do colete oceanic air xs 2, scubapro air2 e outros. Eu iniciei no mergulho a pouco tempo e não encontrei respostas satisfatórias sobre o assunto. Sucesso.

Bom, vamos lá:
Na configuração normal de uma válvula reguladora, temos pelo menos 04 mangueiras conectadas ao primeiro estágio. São elas:
– Mangueira da válvula de 2º Estágio;
– Mangueira da fonte alternativa de ar (ou Octopus) – que é mais longa de todas;
– Mangueira do BC; e
– Mangueira do manômetro;
Com a adoção do sistema integrado, a mangueira longa da fonte alternativa de ar é eliminada e o Octopus passa a ficar junto a traqueia do BC.

Apesar da maioria dos mergulhadores nunca ter tido contato com esse equipamento, ele não é uma novidade no mercado. A Scubapro lançou o AIR2 a trinta anos, que hoje está na sua quinta geração. Vários outros fabricantes que oferecem tal equipamento como a Aqua Lung, Mares, Tusa, Oceanic e etc.
Todos são muito parecidos, mas a Aqua Lung, por exemplo, incluiu um desengate na traqueia que permite a você guardar o Octopus na mesma bolsa do seu regulador, garantindo assim uma maior proteção ao conjunto.

As principais vantagens da substituição do octopus tradicional pelo sistema integrado são:
– Facilidade de acesso: Como estamos sempre operando o inflador do colete, temos mais facilidade em encontra-lo do que ao Octopus que raramente é utilizado;
– Redução de danos ao equipamento e ao meio ambiente: Como no sistema integrado a fonte alternativa de ar está conectada a traqueia do colete que é muito menor do que a mangueira de um Octopus tradicional, o risco de você arrastá-la pela areia ou deixa-la bater em um coral é praticamente nenhum. Por outro lado não é incomum ver o Octopus tradicional solto durante o mergulho;
– Redução de volume: O sistema integrado torna a configuração mais compacta e gera menos arrasto durante a natação;
As principais desvantagens incluem:
– Preço: O sistema custa aproximadamente duas vezes mais caro do que um Octopus convencional;
– Treinamento: Como a configuração tradicional é muito mais utilizada, as agências certificadoras não incluem em seus padrões de treinamento a obrigatoriedade de executar exercícios simulados com sistemas integrados, então o seu dupla poderá ter dificuldade de entender o que fazer em uma situação de emergência. A diferença é que no sistema integrado o mergulhador doa seu próprio segundo estágio para o outro e passa a respirar pelo regulador do sistema integrado;
– Disponibilidade: Devido a pouca ou nenhuma divulgação por parte dos fabricantes, importadores e dive centers, a procura por este tipo de acessório muitas vezes não justifica a sua importação em escala nem tão pouco o seu estoque nas lojas.

Um cuidado especial deve ser dado no momento da lavagem da fonte alternativa de ar e do colete. Tenha atenção para não confundir o botão de desinflar o BC com o botão de purga do octopus o que poderia fazer a água passar para o primeiro estágio.

Para quem busca um conjunto mais compacto e adequado para viagens e que não se importa em investir um pouco mais no equipamento, este sistema integrado é uma ótima opção.

Bom, espero que este vídeo tenha sido útil para você e que eu tenha ajudado ao Leandro entender um pouco mais sobre este tipo de equipamento. Compartilhe os nossos conteúdos com os seus amigos.

Te vejo no nosso próximo vídeo.


Como Melhorar a sua Flutuabilidade - 2ª Parte

Olá pessoal, neste vídeo eu vou continuar com algumas dicas sobre como melhorar o seu controle de flutuabilidade.

Para você que não assistiu o meu primeiro vídeo sobre o assunto,
vou deixar aqui um link: https://youtu.be/3XscHFVLmH0 ou clique aqui

Vale reforçar que as dicas que eu vou passar não substituem um treinamento com um instrutor, que é a forma mais adequada de você adquirir maiores conhecimentos sobre o assunto.

Neste segundo vídeo vou falar sobre o ajuste da flutuabilidade durante o mergulho e a respiração.

Durante o mergulho, variações de profundidade e a redução da quantidade de ar no cilindro alteram a nossa flutuabilidade, o que nos leva a buscar novamente o equilíbrio, seja alterando a quantidade de ar no interior do colete, seja alterando a respiração ou ambos.

O que muitos mergulhadores esquecem é que a água, por ser muito mais densa do que o ar, não permite que a gente perceba de forma imediata o resultado do nosso ajuste de flutuabilidade.

Vou te dar um exemplo:
Imagine-se embaixo d´água. Você coloca um pouco de ar no colete para atingir a flutuabilidade neutra, mas não consegue perceber os efeitos desta ação de imediato.
Então você decide colocar um pouco mais de ar. Ao iniciar a natação você se dá conta que sua flutuabilidade está excessivamente positiva.

Para evitar isso coloque o ar no colete de forma gradativa e tenha paciência. Nade por alguns metros e veja se realmente será necessário colocar mais ar.

Uma coisa importante a ser lembrada: para esvaziar seu colete eleve o tronco e mantenha-a bem esticada. Lembre-se também que seu BC poderá ter outras válvulas que te permitem esvazia-lo estando de cabeça para baixo, por exemplo.

A respiração também exerce uma influencia grande sobre sua flutuabilidade.

Estando neutro, uma inspiração profunda seguida de uma breve pausa te levará a um estado de flutuabilidade positiva, fazendo você subir. No extremo oposto, uma expiração profunda seguida de uma breve pausa fará você afundar.

Assim, durante o mergulho, mantenha um ritmo respiratório constante e sem inspirações ou expirações excessivamente profundas, a não ser que você deseje alterar a sua flutuabilidade.

Bom, espero que este dois vídeos sobre o controle da flutuabilidade tenham sido úteis para você. Não deixe de assistir aos outros vídeos que estão disponíveis e compartilhar com os seus amigos.

Te vejo no nosso próximo vídeo.


Como Melhorar a sua Flutuabilidade - 1ª Parte

Olá pessoal, neste vídeo eu vou dar algumas dicas sobre como melhorar o seu controle de flutuabilidade.

Obviamente as dicas que eu vou passar não substituem um treinamento com um instrutor, que é a forma mais adequada de você adquirir maiores conhecimentos sobre o assunto.

Como o tema é bastante extenso, resolvi dividi-lo em duas partes. Neste primeiro vídeo vou falar sobre o ajuste inicial da flutuabilidade e a distribuição do lastro. No próximo vídeo falarei sobre o ajuste da flutuabilidade durante o mergulho e a respiração.

Ter um bom controle de flutuabilidade permitirá a você mergulhar efetuando um menor esforço, reduzirá o seu consumo de ar E aumentará as suas chances de observar a vida marinha.

A primeira coisa que você deve fazer é checar sua flutuabilidade. Então vamos ao teste:
Estando na superfície totalmente equipado, com o cilindro cheio e com o regulador na boca, mantenha-se imóvel, inspire profundamente e prenda a respiração. Agora esvazie completamente o seu BC. Você deve começar a afundar até que a água atinja o nível dos seus olhos. Aguarde um ou dois segundo para ver se você não continua a afundar. Em seguida expire profundamente e aguarde alguns segundos antes de inspirar. Você deve afundar lenta e continuamente.

Caso você não consiga afundar, provavelmente precisará aumentar a quantidade de lastro. Infle o seu colete e adicione uma pedra de 1kg ao sistema de lastro. Se você tiver acesso a pedras de 0,5 kg, melhor ainda. Repita o teste e veja o resultado.

Por outro lado, caso você afunde ainda com os pulmões cheios de ar ou se ao esvazia-los desça rapidamente, retire peso do seu sistema de lastro. Variações em etapas de 0,5 kg são muito bem vindas aqui também.

Você deverá repetir este teste ao final do mergulho, com o cilindro próximo a reserva, ou 50bar. A importância disso é que alguns cilindros de alumínio sofrem grandes variações de flutuabilidade a medida que esvaziam. Alguns chegam a variar o empuxo em até 2 kg.

Definida a quantidade necessária de lastro para uma determinada configuração de equipamentos, anote-a em seu log book para futuras consultas. É muito importante lembrar que a sua flutuabilidade poderá sofrer variações significativas quando uma ou mais peças do equipamento são alteradas.

Vamos falar agora sobre a distribuição do lastro no seu corpo.

Se você concentrar uma quantidade grande de lastro na região da cintura, seja em um cinto ou nos bolsos de lastro integrado do seu colete equilibrador, notará que a sua tendência será de manter as pernas abaixadas e o tronco elevado.

Se o seu BC possuir bolsos de lastro na parte superior, experimente remover duas pedras de 1 kg (ou de 0,5 kg) do sistema de lastro principal e passar para estes bolsos. Isso ajudará no ajuste do seu trim, que é como chamamos este ajuste da posição do mergulhador em relação ao plano horizontal.
Caso seu BC não possua tais bolsos, consulte seu dive center sobre bolsos para lastro que podem ser adaptados a tira que prende o cilindro ao colete.

Outra situação que poderá ocorrer, é uma elevação excessiva dos pés forçando a cabeça ficar abaixada. Isto pode ter sido provocado por um deslocamento excessivo de lastro parte superior do colete, porque suas nadadeiras possuem flutuabilidade positiva, por causa da maior flutuabilidade da roupa ou das suas pernas.

Se você suspeita das suas nadadeiras, faça um teste bem simples: em uma área controlada coloque as nadadeiras na água e veja se elas flutuam. Caso isto ocorra tente utilizar uma tornozeleira de meio ou 1 kg no seu próximo mergulho. Este acessório é muito útil caso você utilize uma roupa seca. Caso não encontre uma específica para mergulho, tente utilizar as que são vendidas para ginástica.
Avalie também a possibilidade da troca da sua nadadeira por outra que não possua flutuabilidade positiva.

Para finalizar, lembre-se que utilizar mais lastro do que o necessário não trará nenhum benefício. Ao contrário fará com que você se sinta desconfortável embaixo d´água e te obrigará a compensar o excesso de peso colocando muito ar no colete, o que aumentará as variações de flutuabilidade a cada mudança de profundidade, mas falaremos sobre isso no próximo programa.

Bom, espero que as dicas tenham sido úteis para você. Te vejo no nosso próximo vídeo.


A Importância da Comunicação

Olá pessoal, neste vídeo eu vou falar sobre a importância da comunicação.

Como sabemos a comunicação é um fator crítico na vida das pessoas. E embaixo d´água não é diferente.

Manter contato visual e comunicação constante com o dupla é fundamental para garantir um mergulho seguro. Como na água o alcance da nossa visão é limitado. Assim devemos ficar atentos a distancia que nos separa do outro mergulhador. Um sinalizador sonoro poderá ser utilizado, em caso de necessidade. Mas cuidado para não tornar o mergulho muito barulhento.

Outro fator chave para o sucesso na comunicação é que os mergulhadores sejam capazes de transmitir de forma clara a mensagem desejada e também de interpretar o que o outro quer dizer. Para isso a comunicação deve ser padronizada, ou seja, não se deve inventar sinais que não sejam possíveis de ser entendidos.

Para relembrar e até mesmo expandir seu “vocabulário”, vamos mostrar alguns sinais e seus significados.

Para finalizar, o uso de uma prancheta subaquática poderá facilitar bastante caso seja necessário explicar algo mais complexo ao seu dupla

Bom, espero que este vídeo tenha sido útil para você. Te vejo no nosso próximo vídeo.


Liveaboard

Olá pessoal, neste vídeo eu vou falar sobre liveaboards.

Liveabords são uma excelente escolha para viagens de mergulho e muitas vezes a única opção para um determinado destino. Alguns exemplos clássicos incluem Galápagos, as Ilhas Cocos, o arquipélago de Revilagigedo, dentre outros.

Minha primeira dica diz respeito a escolha do destino. Para alguns locais, devido às condições de mergulho, são exigidos níveis mínimos de certificação e de mergulhos logados. Este é o caso de Galápagos, por exemplo. Então informe-se bem sobre o destino desejado e prepare-se adequadamente antes da viagem.

Apesar da maioria das embarcações empregadas em operações de liveaboard serem muito confortáveis, você deve lembrar que o espaço é limitado, ou seja, durante o período da viagem a sua interação com os demais passageiros e também com a tripulação será intensa.

Isso não representa necessariamente um problema, mas se você nunca esteve em um liveaboard é importante saber que a convivência a bordo só será agradável se alguns pontos forem observados. Então vamos as dicas:

2º Dica: Bagagem. Antes de partir para a sua viagem, você deve levar em conta que o espaço disponível para armazenamento da sua bagagem não será muito grande. A bordo você usará sempre roupas simples, como bermudas e camisas de malha, e a noite dependendo do destino uma calça comprida e um casaco leve. Então nada de entulhar a mala com muitas roupas e sapatos. Quanto aos equipamentos, leve apenas o necessário para o tipo de mergulho a ser realizado. Não se esqueça que alguns operadores exigem o uso de equipamentos adicionais como sinalizadores de superfície, alertas sonoros, etc.

3º Dica: Uso da Cabine. Se você vai compartilhar a cabine, fique atento quanto a divisão do espaço. Evite espalhar as suas coisas por todo lado em especial sobre a cama da outra pessoa. Siga a mesma regra em relação aos armários. Uma atenção especial deverá ser dada ao uso compartilhado do banheiro. Caso alguma coisa te desagrade, tente conversar com a outra pessoa sobre o assunto. Se não funcionar, fale com o guia do seu grupo ou com algum membro da tripulação.

4º Dica: Equipamentos de Mergulho. Procure manter todo o seu equipamento organizado. Os acessórios que não serão utilizados em todos os mergulhos devem ser guardados na cabine ou em alguma caixa normalmente disponibilizada pela tripulação. A regra aqui é disciplina. Assim você não corre o risco de perder alguma coisa ou de danificar o equipamento.

5º Dica: Seu Papel como Mergulhador(a). Faça uma avaliação sincera sobre a sua experiência, respondendo algumas perguntas simples:

 Como estão as suas habilidades de mergulho?
 Você tem mergulhado com frequência?
 Já mergulhou em condições similares a que você encontrará?
 Consegue operar com facilidade todos os equipamentos que serão utilizados durante a viagem, incluindo carretilhas, decomarkers, computador de mergulho e etc?

Se alguma das respostas foi “NÃO”, converse abertamente com o guia do seu grupo antes da viagem. Se for o caso, faça ou refaça algum treinamento que julgar necessário.
Estando a bordo adote sempre uma postura conservadora. Não ultrapasse seus limites físicos ou de treinamento. Lembre-se que você estará fazendo uma viagem de lazer e não participando de uma competição. A segurança deve vir em primeiro lugar.

6º Dica: Equipamentos de Foto e Vídeo. Este tópico não diz respeito apenas aqueles que mergulham com equipamentos sofisticados. Estes itens exigem cuidados especiais e muitos barcos oferecem um espaço específico para seu manuseio e guarda. Evite colocar ali qualquer outro tipo equipamento. Lembre-se que esta área é de uso comum. Se outro mergulhador está abrindo sua caixa estanque, evite aproximar-se com seu equipamento molhado. Particularmente sigo o seguinte ritual: lavo minha câmera, seco com uma toalha e só então levo para a área de armazenamento.

Por falar em lavagem da câmera, por favor evite colocar neste tanque qualquer outra peça do seu equipamento de mergulho.

7º Dica: Saúde. Se você possui alguma restrição alimentar, usa algum medicamento especial ou possui uma condição de saúde específica, informe isso no formulário apresentando pela tripulação do liveaboard, ao guia do seu grupo e a pessoa com quem está compartilhando a cabine. Mantenha-os informados sobre os medicamentos prescritos pelo seu médico. Prepare um pequeno kit de primeiros socorros com medicamentos que você costuma usar para dor de cabeça, diarreia, enjoo e etc.

Seguindo essas dicas simples e óbvias, você garantirá uma viagem agradável e fará novos amigos, com toda certeza.

Te vejo no nosso próximo vídeo.


Como escolher a sua máscara

Olá pessoal, neste vídeo eu vou dar algumas dicas que irão te ajudar a escolher a sua máscara de mergulho.

A minha primeira dica é para você não se prender, inicialmente, ao valor das máscaras. Levando em conta apenas o preço você corre o risco de fazer uma escolha ruim e acabar tendo que comprar outra máscara porque a primeira não serviu para você.

Quem já tentou abrir os olhos embaixo d´água, sem nenhum tipo de equipamento, deve ter percebido que fica tudo fora de foco. Então a principal função da máscara é criar uma barreira, preenchida com ar, entre nossos olhos e a água. Mas se a máscara permitir a entrada de água no seu interior, ela não cumprirá esta função. Assim a primeira característica que temos que checar no momento da compra, é a VEDAÇÃO.

Coloque a máscara no rosto passando a tira por trás da cabeça. Faça os ajustes necessários para que a máscara fique posicionada corretamente no seu rosto, sem que haja uma sensação de aperto. Então concentre-se em identificar PONTOS, por menor que sejam, DE DESCONFORTO. Uma máscara apertando mesmo que de leve uma parte sensível do rosto, após 40 ou 50 minutos de mergulho, será um incomodo desnecessário. Observe também se a máscara possui o TAMANHO ADEQUADO ao seu rosto.

Não tenha pressa. Verifique cada uma das máscaras e descarte aquelas que apresentaram algum tipo de desconforto ou cujo tamanho seja incompatível com o seu rosto.
Agora que você já sabe quais são as máscaras mais adequadas para você, fique a vontade para definir a sua compra com base em outros fatores como:

  • Preço;
  • Modelo;
  • Marca;
  • Cor;
  • Etc;

Como dica adicional, prefira máscaras fabricadas em silicone, por serem mais confortáveis e mais duráveis.

Bom, espero que este vídeo tenha sido útil para você. Vou deixar aqui o meu e-mail para que você me mande sugestões sobre os temas a serem abordados nos meus vídeos. Se preferir escreva aqui mesmo, na seção de comentários. Por fim não deixe de assinar o nosso canal. Te vejo no nosso próximo vídeo.