Olá pessoal, neste vídeo eu vou falar sobre as fontes alternativas de ar, ou octopus, integradas à traqueia do colete equilibrador.
Quem me sugeriu este assunto como pauta foi o Leandro Martins, que mandou a seguinte mensagem:
Oi Paulo, parabéns pela iniciativa. Bom, uma sugestão de conteúdo seria uma breve análise sobre os prós e contras daqueles octopus integrados à mangueira do colete oceanic air xs 2, scubapro air2 e outros. Eu iniciei no mergulho a pouco tempo e não encontrei respostas satisfatórias sobre o assunto. Sucesso.
Bom, vamos lá:
Na configuração normal de uma válvula reguladora, temos pelo menos 04 mangueiras conectadas ao primeiro estágio. São elas:
– Mangueira da válvula de 2º Estágio;
– Mangueira da fonte alternativa de ar (ou Octopus) – que é mais longa de todas;
– Mangueira do BC; e
– Mangueira do manômetro;
Com a adoção do sistema integrado, a mangueira longa da fonte alternativa de ar é eliminada e o Octopus passa a ficar junto a traqueia do BC.
Apesar da maioria dos mergulhadores nunca ter tido contato com esse equipamento, ele não é uma novidade no mercado. A Scubapro lançou o AIR2 a trinta anos, que hoje está na sua quinta geração. Vários outros fabricantes que oferecem tal equipamento como a Aqua Lung, Mares, Tusa, Oceanic e etc.
Todos são muito parecidos, mas a Aqua Lung, por exemplo, incluiu um desengate na traqueia que permite a você guardar o Octopus na mesma bolsa do seu regulador, garantindo assim uma maior proteção ao conjunto.
As principais vantagens da substituição do octopus tradicional pelo sistema integrado são:
– Facilidade de acesso: Como estamos sempre operando o inflador do colete, temos mais facilidade em encontra-lo do que ao Octopus que raramente é utilizado;
– Redução de danos ao equipamento e ao meio ambiente: Como no sistema integrado a fonte alternativa de ar está conectada a traqueia do colete que é muito menor do que a mangueira de um Octopus tradicional, o risco de você arrastá-la pela areia ou deixa-la bater em um coral é praticamente nenhum. Por outro lado não é incomum ver o Octopus tradicional solto durante o mergulho;
– Redução de volume: O sistema integrado torna a configuração mais compacta e gera menos arrasto durante a natação;
As principais desvantagens incluem:
– Preço: O sistema custa aproximadamente duas vezes mais caro do que um Octopus convencional;
– Treinamento: Como a configuração tradicional é muito mais utilizada, as agências certificadoras não incluem em seus padrões de treinamento a obrigatoriedade de executar exercícios simulados com sistemas integrados, então o seu dupla poderá ter dificuldade de entender o que fazer em uma situação de emergência. A diferença é que no sistema integrado o mergulhador doa seu próprio segundo estágio para o outro e passa a respirar pelo regulador do sistema integrado;
– Disponibilidade: Devido a pouca ou nenhuma divulgação por parte dos fabricantes, importadores e dive centers, a procura por este tipo de acessório muitas vezes não justifica a sua importação em escala nem tão pouco o seu estoque nas lojas.
Um cuidado especial deve ser dado no momento da lavagem da fonte alternativa de ar e do colete. Tenha atenção para não confundir o botão de desinflar o BC com o botão de purga do octopus o que poderia fazer a água passar para o primeiro estágio.
Para quem busca um conjunto mais compacto e adequado para viagens e que não se importa em investir um pouco mais no equipamento, este sistema integrado é uma ótima opção.
Bom, espero que este vídeo tenha sido útil para você e que eu tenha ajudado ao Leandro entender um pouco mais sobre este tipo de equipamento. Compartilhe os nossos conteúdos com os seus amigos.
Te vejo no nosso próximo vídeo.